Corre nos bastidores da política o comentário de que a secretaria proposta pela vereadora Kátia Goyatá seria para lhe abrigar em cargo dentro de futuro governo, se o atual prefeito for reeleito. Apoio na reeleição seria o motivo do acordo, uma vez que, supostamente, Kátia Goyatá não teria votos para se reeleger e ficaria sem mandato.
O Prefeito de Alfenas, Fábio Marques Florêncio (PT) acatou pedido da vereadora Kátia Goyatá (PDT), e encaminhou aos vereadores projeto para a criação da 21ª secretaria no município: a Secretaria da mulher. A proposta deu entrada na reunião de ontem (1º de abril) e será analisada pelos vereadores em regime de urgência, o que dispensa os procedimentos legais e comuns da Câmara.
No dia 4 de março deste ano, a vereadora Kátia Goyatá fez indicação ao prefeito pedindo a criação dessa secretaria, alegando que assim as mulheres seriam atendidas em um só lugar. Na ocasião, a vereadora não apresentou o impacto financeiro gerado ao município com mais essa estrutura administrativa e nem se os demais serviços já existentes, voltados para a mulheres, seriam aglutinados nessa pasta.
A vereadora quer a criação da secretaria da mulher, mas não se manifestou sobre o fato de que a prefeitura de Alfenas não oferece uma casa de acolhimento à mulher vítima de violência, e esta é uma das maiores reivindicações daqueles que trabalham na rede de proteção à mulher.
O andamento do projeto foi aprovado por todos os vereadores, mas Domingos dos Reis Monteiro (Cidadania) lembrou que de nada adianta a criação de mais uma secretaria se o congresso nacional não criar leis mais rígidas que protejam as mulheres.
Jaime Daniel (PT) diz ser favorável a criação da secretaria, mas disparou contra a prefeitura dizendo que existem outras secretarias em que “não se conhece nem o secretário.” Alegando custos, ele lembrou que já existem “20 secretarias no nosso município” e sugeriu a fusão de algumas delas.
Já, Teresa Suelene (PSDB) disse que vai cobrar o bom funcionamento da secretaria. “Não adianta votar um projeto se não for funcional, é preciso cobrar. Voto sim, mas estando em mandato parlamentar, ou não, eu vou fiscalizar”, avisou a vereadora.
A autora da proposta, Kátia Goyatá justificou que a legalidade e o impacto financeiro do projeto são analisados pela comissão constituição de Justiça e redação final – CCJRF, comissão que ela mesma preside.
O projeto segue na câmara e se aprovado, a nova secretaria da mulher deve funcionar a partir de 2025.
Vergonha só desperdício do dinheiro do povo Alfenense, cabide de emprego para os amigos e nada de serviço de qualidade para povo de Alfenas!