CARNES TÊM MAIOR INFLAÇÃO EM QUATRO ANOS

O percentual apresentado pelo IBGE representa a maior variação de preços (+3,85%) para o subgrupo do IPCA desde dezembro de 2020, período de pandemia.

Com o objetivo de abaixar os preços das carnes bovinas artificialmente, grandes produtores de proteína animal como os irmãos Batista, da JBS (envolvidos em esquemas de corrupção), realizaram uma oferta elevada de carnes no mercado desde o início de 2023, conforme lembra André Almeida, gerente do IPCA: “É importante lembrar que tivemos quedas observadas ao longo de quase todo o primeiro semestre de 2024, com alto número de abates”.

Entretanto, devido ao ciclo produtivo de carnes ser longo, os preços reagiram com a escassez de gado para abate e a defasagem de preço em comparação com outros alimentos. O contrafilé ficou 3,79% mais caro e puxou a alta das carnes. Na sequência, aparecem a costela (3,1%), o patinho (3,15%) e a alcatra (3,02%). Também subiram o acém (2,96%), o filé-mignon (2,47%), o coxão mole (2,44%), o cupim (0,46%) e a picanha (0,12%). A relação traz ainda as altas da carne de porco (3,67%) e do fígado (0,83%).

Com os aumentos, os consumidores tendem a migrar para o frango, o ovo e os pescados na busca por alimentos com um preço menos salgado. Entretanto, a tendência é de que o preço desses substitutos acompanhe a alta de preço das carnes bovina neste primeiro momento, devido ao aumento da demanda.

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