PODER DE COMPRA DOS MAIS POBRES DEVERÁ CAIR EM 2025

Itens básicos de alimentação, conta de luz, gás de cozinha e gasolina ficaram mais caros. Picanha e as viagens de avião prometidas por Lula se tornam inacessíveis para os mais pobres.

COMIDA MAIS CARA

O reajuste do salário mínimo para 2025 será de 6,37%, mas diversos alimentos essenciais tiveram aumentos mais elevados, e já têm impacto direto no orçamento das famílias brasileiras. Esses aumentos superam o reajuste do salário mínimo e comprometem ainda mais o poder de compra dos trabalhadores de baixa renda. Veja abaixo itens básicos na mesa dos brasileiros e o seu reajuste:

Fonte: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

CONTA DE LUZ AUMENTOU ACIMA DA INFLAÇÃO

A energia elétrica foi outro item básico na vida das pessoas que subiu em 2024 acima do reajuste previsto no salário mínimo para 2025. Em 2024, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) autorizou a CEMIG a reajustar a tarifa residencial dos mineiros em 6,70%. Dessa maneira, o reajuste do salário mínimo não irá recompor as perdas inflacionárias em relação aos gastos com energia elétrica.

ESCOLHER ENTRE O GÁS OU O ALIMENTO

Presente nos lares brasileiros, o gás de cozinha foi outro item que sofreu um reajuste (10,5%) acima do reajuste previsto para o salário mínimo de 2025. Com isso, algumas famílias estão recorrendo ao uso do fogão a lenha por não ter como encaixar o botijão no orçamento da casa.

COMBUSTÍVEIS MAIS CAROS

Segundo levantamento da ANP, os combustíveis também subiram, com a gasolina passando de R$ 5,44/litro em 2023, para R$ 6,06/litro em 2024, em média, em MG, representando um aumento de 11,4%. Já o Etanol que seria uma alternativa passou de R$3,42/litro em 2023, para R$4,16/litro em 2024, um reajuste de 21,6%, que é 3 vezes maior que o reajuste do salário mínimo.

DÓLAR E JUROS ALTOS MASSACRAM OS MAIS POBRES

Além disso, o dólar acima de R$6 pressiona os preços de produtos importados e insumos para alimentos, como o trigo para fazer o pãozinho do café da manhã, afetando principalmente as camadas mais pobres da população.

Também, em novembro de 2024, 77% das famílias brasileiras estavam endividadas, de acordo com a Pesquisa de endividamento e inadimplência do consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Assim, a alta taxa de juros, com a Selic acima de 12%, dificulta o acesso ao crédito e aumenta o custo das dívidas, tornando ainda mais desafiadora a recuperação financeira das famílias que vivem de salário mínimo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *