SAÚDE DE ALFENAS NÃO TEM REMÉDIO

Faltam remédios de uso contínuo na CDM e remédios básicos nos PSFs

A gravíssima falta de remédios nos postos de saúde e no Centro de Distribuição de Medicamentos – CDM – de Alfenas é um problema crônico e que tem piorado nos últimos meses. A solução encontrada pela prefeitura foi treinar os funcionários do CDM a fazerem a seguinte justificativa para a população: de que “os distribuidores estão em atraso.”

A justificativa não cola mais, tanto que e a aposentada, de 79 anos, uma das afetadas pelo problema, resolveu procurar a redação. A mulher conta que teve dois episódios de trombose e com uma prótese no fêmur, o médico recomendou que ela fizesse uso contínuo de um anticoagulante. A medicação custa em média R$ 300 reais e ela conseguiu, por meio de medida judicial, que o município lhe fornecesse o remédio. No entanto, os atrasos são constantes e a medicação deste mês já está atrasada há 20 dias.

Para não ficar sem o remédio, a aposentada, que recebe um salário mínimo, junta reservas com a família e divide o valor da compra na farmácia do bairro.

FALTAM REMÉDIOS NOS PSFs TAMBÉM

A falta de remédios básicos foi duramente criticada pelo vereador Marcio Dunga (União) durante a reunião da câmara da segunda-feira, dia 23. Ele questionou o prefeito Fábio da Oncologia (PT) sobre a falta de medicamentos na rede de saúde pública, especialmente nos PSFs.

Ele disse que esteve, pela oitava vez, no PSF Pinheirinho para fiscalizar a aplicação de emendas de sua autoria e constatou que o dinheiro não foi usado, nem para melhorias das instalações e nem para a aquisição de medicamentos, como era previsto. “Emenda impositiva não cumprida dá problemas para o prefeito e não para o vereador”, alertou Márcio Dunga.

O vereador disparou: “Eu fui comprovar (…). Eu estou desde janeiro; é o oitavo vídeo, no Recreio Vale do Sol, no Pinheirinho e no Alvorada e está faltando remédio e coisas essenciais.”

PERSEGUIÇÃO POLÍTICA?

Durante a reunião, outra crítica foi dirigida à secretaria de Saúde. Desta vez, vinda do vereador Jaime Daniel (União). Ele afirmou em plenário que foi procurado por uma moradora do bairro Santa Edwiges que relatou ter sido coagida “pela secretária saúde”, que, segundo ele, a “maltratou e humilhou” porque o veículo da moradora tinha um adesivo de um candidato da oposição. O parlamentar considerou o ato da gestora da saúde como “um atentando à democracia” e disse que chegou a instruir a cidadã “que ela deveria ter feito um boletim de ocorrência”. “Uma pessoa que ocupa um cargo na secretaria de saúde, é uma pessoa importante na cidade e não pode passar mal exemplo. (…) É direito de qualquer cidadão escolher em quem vai votar”, refletiu Jaime Daniel.

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