Em cada cesta de natal a prefeitura pagou R$306,77, e apesar da população enfrentar dificuldade para ter acesso a carne no natal deste ano, devido aos preços elevados, a prefeitura colocou em cada cesta um pernil suíno, um lombo suíno e uma ave temperada, além da bolsa térmica. Também compõe a pomposa cesta de natal da prefeitura um belíssimo panetone com gotas de chocolate.
É costume todo final de ano empresas comprarem cestas de natal para seus colaboradores. Muitas vezes a cesta é composta por um panetone e uma carne. Porém, agora em 2024, ano em que a carne está com preços muito elevados, muitas empresas estão optando apenas pelo panetone. Apesar disso, a prefeitura de Alfenas parece viver uma dupla realidade.
CAIXA VAZIO PARA MEDICAMENTOS
Na dupla realidade da prefeitura de Alfenas há fartura para cesta de natal, mas falta de dinheiro para prioridades básicas, como a saúde e assistência social. Isso porque há alguns meses a população tem reclamado da falta de medicamentos no Centro de Distribuição de Medicamentos (CDM). Mais recentemente, mães de autistas têm reclamado da falta de canabidiol no CDM tendo, inclusive, uma delas reclamado na última edição do programa Checadores de Fatos, do jornal NF.
4 MESES SEM CESTA BÁSICA
A cesta de natal exibida com orgulho por alguns funcionários da prefeitura em redes sociais gerou descontentamento entre populares. Há, inclusive, reclamação de atraso de 4 meses na entrega de cesta básica para famílias carentes:

FALTA CESTA BÁSICA “PRINCIPALMENTE QUEM TEM CRIANÇA”


CAIXA CHEIO PARA REGALIAS



A CONTA NÃO FECHA
Outra particularidade do edital é que a prefeitura comprou um total de 4.000 cestas. Entretanto, em consulta ao portal de transparência da prefeitura de Alfenas, o total de servidores, entre efetivos, comissionados, agentes políticos e estagiários, é de 3.976 funcionários. Assim, em teoria, sobrariam 24 cestas de natal. Portanto, fica um questionamento: o que a prefeitura fará com as cestas de natal que sobrarem?



ENQUANTO UNS CHORAM, OUTROS RIEM ATOA
Circula pelas redes sociais um vídeo da pomposa cesta de natal da prefeitura, onde o comissionado, bastante conhecido na cidade que atende por Claudião, agradece ao prefeito por tamanha generosidade na cesta de natal, conforme exibido abaixo:
Por outro lado, também circula nas redes sociais mensagens de mães de autistas que reclamam da falta de medicamento, conforme reproduzido abaixo:

JAIME DANIEL REVELA DESCASO DO PREFEITO COM MEDICAMENTOS

CESTA DE NATAL DESCONTADA DO CONTRACHEQUE DO SERVIDOR?
O funcionário público Adenilson Machado postou na rede social, Whatsapp, uma mensagem defendendo as cestas de natal. Segundo ele “lei municipal criada ainda no antigo governo do Beg”. Adenilson trouxe uma fala polêmica ao afirmar que “Sendo obrigatório o fornecimento da mesma já que é descontado o ano todo no contracheque do servidor.”. Apesar de Adenilson estar no grupo de whatsapp em que houve reclamações de atraso na cesta BÁSICA de famílias carentes, ele agradece o prefeito por “melhorar a qualidade da cesta de Natal do servidor público municipal efetivos, contratados e comissionados.”.

“REMÉDIOS, CONSULTA, EDUCAÇÃO E SEGURANÇA TAMBÉM É LEI”

ELOGIAR PREFEITO EM REDE SOCIAL EM HORARIO DE TRABALHO?
A mensagem de Adenilson ocorreu às 14:24 de hoje, na rede social whatsapp. Segundo o portal da transparência, nesse horário, em teoria, Adenilson deveria estar lecionando no conservatório de música, pois sua carga horária é de 200 horas mensais, o que equivale a trabalhar 8 horas diárias. Entranto, Adenilson não é o único funcionário público a frenquentar as redes sociais para defender a atual gestão em horário de trabalho. Assim como ele há outros, como Claudio Jacome, o Claudião, que visitou os comentários do Jornal NF para defender a atual gestão possível em horário de trabalho.

O Notícias de Fato não é contrário ao fornecimento de cesta de natal para os funcionários públicos. A matéria em questão aborta o fato da prefeitura ter dinheiro para investir em uma cesta de natal melhor, enquanto deixa faltar medicamentos e cesta básica para a população carente.
E os hospitais seguem sem repasse para pagamento dos médicos . Alguns plantonistas já não querem mais trabalhar em Alfebas pois não há compromisso da gestão com pagamento. Medico também paga conta, também tem família.